A arte de ser feliz

Acabei de assistir o filme "O melhor de mim" e me identifiquei muito com a personagem principal. O filme é feito com cenas do passado e do presente e em uma das cenas do presente, ela comenta o quanto era otimista, que quando queria alguma coisa, sabia que iria acontecer. E finaliza a cena dizendo que hoje não é mais. Eu tenho essa mesma sensação, que antes eu acreditava muito mais nas coisas e sabia que de alguma forma elas dariam certo. Hoje não tenho esse mesmo sentimento, acabo desconfiando de tudo e em muitas ocasiões sendo pessimista. Me pergunto, o que eu ganho com isso?
Estou fazendo um processo de coaching, e nele tenho que traçar algumas metas, tanto para minha vida pessoal, quanto para a profissional. Nesse processo, minha coach me questiona muitas vezes isso: o que tu ganha com isso, Carol? E eu olho para ela e digo: Nada
E então vou para casa me perguntando: se eu não ganho nada com isso (muitas vezes até perco), por qual motivo continuo agindo assim? Isso me assusta, mas algumas sessões de terapia, algumas leituras e conversas com amigas acabam me acalmando, pois descubro que não sou a única. 
E então, o que podemos fazer para ganharmos? Como podemos acreditar mais em nós e nas coisas que queremos? 
Impressionante, mas a cena (do passado) que me refiro é boba. Estão os dois em um chalé, na lareira e ela diz que eles precisam ter uma música. Então ele diz que é só ela escolher uma. Ela diz que assim não tem graça e então liga o rádio. Ele diz que não vai tocar nenhuma música, pois estão no meio do nada, até que ela acha uma e diz: eu sempre sei das coisas. (Suspiro), um dia eu era assim...
Bom, mas não podemos nos lamentar e tentar buscar no passado uma resolução para o presente e uma melhoria para o futuro. Já dizia um pagode do meu tempo, o que passou passou... 
Então nos resta buscarmos nossa força e mostrarmos para esse mundo difícil que ele não vai mais nos derrubar. Que voltaremos a acreditar nas coisas e em nós mesmos. Que podemos sim encontrar a nossa arte de ser feliz, Cada um deve procurar a sua, pois felicidade é uma coisa muito peculiar. A minha, por exemplo, está nas pequenas coisas. Ás vezes tão pequena que mal eu percebo. 
Acreditar mais... Esse é o dever que tenho que cumprir todos os dias, mas não há um dia que eu não me pergunte: quando foi que eu perdi isso?